sábado, 28 de junho de 2008

Começando a ser jornalista (tentando, na verdade...)

   ... E depois de muitas aventuras e desventuras, eu inauguro um novo blog. Espero que este não encontre o fim dos anteriores. Devido a conteúdos excessivamente desvinculados da realidade, decidi apagar todos os textos publicados neles. Talvez por ser muito perfeccionista - ou mesmo muito preguiçosa - direcionei minha escassa capacidade de criação exclusivamente às provas e aos trabalhos universitários. Acontece que sou aluna do curso de Comunicação Social, com habilitação em - vejam só - Jornalismo. E como poderia uma pretensa jornalista ter preguiça de escrever? Mas preguiça não é bem o termo...  A verdade é que, a despeito de ter escolhido o curso de Comunicação por ser uma apaixonada pela arte da redação, escrever para mim é uma atividade muitíssimo pesarosa. As palavras estão vivas, respiram, gritam, são seres rebelados que fogem ao meu controle e riem da minha cara. Trabalhar com elas é exasperante. É mais fácil contemplá-las, admirá-las em todo o seu esplendor na obra dos meus grandes autores, pelos quais nutro uma inveja infantil. Diante dos livros de Zimmer Bradley, por exemplo, não posso evitar ser tomada pela certeza ressentida de que eu não seria capaz de produzir algo tão cortante, tão forte, tão intenso. Contudo, "a prática faz a perfeição", como dizem. E mesmo sabendo que não tenho lá muito desse negócio chamado "talento", há algo que me impele a escrever. Além do mais, como já mencionei, sou estudante de Jornalismo. Nada me resta, pois, a não ser ceder a este meu amor irracional pelas desobedientes e misteriosas palavras.
   Após declarar minha rendição na batalha contra minha, digamos assim, "veia artística", percebi que teria mais um obstáculo a superar: minha falta de informação. O jornalista sempre deve manter-se atualizado, atento ao que acontece ao seu redor. E eu, confesso, há bem pouco tempo era um poço de alienação. Não inteiramente por minha culpa. Jornais e revistas custam absurdamente caro no Brasil, e as máquinas de fotocópia da Universidade Federal do Piauí têm sugado todo o meu ouro. E ainda no Ensino Médio enjoeei de assistir aos programas televisivos ("Não tenho paciência p'ra televisão / Eu não sou audiência para a solidão..."). Depois de ingressar na universidade, meu tempo encurtou bruscamente. Eu sabia que tinha que assistir aos telejornais, mas mal tinha o intervalo do almoço, já que vivia correndo da UFPI para o CEFET-PI, a fim de honrar meus nobres compromissos de discente dedicada (não com tanta pompa, é claro). No momento estou em férias do CEFET. Lá se foi meu pretexto mais convincente. Voltei a assistir TV nesta semana. Devo reconhecer que telejornais são mesmo boas fontes de esclarecimento. Continuo sem paciência para as telenovelas e coisinhas afins... Prefiro meus livros amarelados ou até mesmo as fotocópias carinhosamente(?) receitadas pela professora de Filosofia.  
   Acho que estas férias não serão tão maçantes quanto o foram as outras. Vou ler bastante (mais um dever do jornalista), manter-me informada, procurar alimentar este blog, entupir meu HD com animes e ler mangás (é, tenho um pouco de otaku), além de balançar na rede, comer, dormir, comer, dormir, dormir, comer, dormir, comer, comer, comer, dormir, comer, dormir, dormir, comer e dormir... Uah...